segunda-feira, 2 de março de 2009

novo céu novo


estava só sob o novo céu, um céu que nunca havia visto antes, um novo céu. mais escuro, mais denso, com estrelas maiores e mais brilhantes. um novo céu, e eu, ali...sob um novo céu. só sob um novo céu.
uma outra cor, um novo amor, um estranho odor. um cheiro novo de céu.
todas as mãos se levantaram e o saudaram, saudaram o novo céu como se fosse um novo deus, mais escuro, mais denso e com estrelas maiores, um novo céu.
as janelas se quedaram escancaradas, os carros no meio fio não ousavam sequer um barulho de motor, os ratos se recolheram nos esgotos e o silêncio se estabeleceu, quase que definitivamente, afinal era um novo céu, quase um novo deus.
nenhum líder saudou o novo céu, os idiotas apenas não sabiam o que fazer com ele, nenhum general ousou desafiar o novo céu....apenas se recolheram, não sabiam de nada, nada sobre o novo céu, mais escuro, mais denso com estrelas mais brilhantes e maiores.
nossas mão se uniram, a minha e a sua, quase uma só, as nossas. agora não mais só sob o novo céu, você está aqui. veio correndo, pulou muros estranhos, rasgou portões estranhos, e as cercas estranhas foram todas arrancadas. estamos aqui sob o novo céu, mais escuro, denso e com novas estrelas, mais brilhantes e maiores. quase do tamanho dos seus olhos.
e ninguém ousa, ninguém ousará olhar pra cima. apenas nós, eu e você.
para nós não é mais um novo céu, é apenas o nosso céu, mais denso, mais escuro, com estrelas mais brilhantes e maiores.


(Luiz wood)

Nenhum comentário:

Postar um comentário