quinta-feira, 5 de março de 2009

amnésia


Nem lembro de você,
nem lembro das suas pernas,
pernas de pecado ousado,
de agarrar as minhas, abusada,
não lembro nem dos seus olhos,
atrevidos que me chamavam com brilho,
sinais obscenos de olhar, cínico,
suas mão nem me passam pela cabeça,
esqueci do atrevimento delas,
da ousadia de me pegar com força,
do arranhar de gozo grande, como as suas unhas,
a sua boca está esquecida,
as mordidas apagadas da memória,
a saliva aguada, molhada, bebida na taça,
nem lembro, gulosa,
esqueci sua pele,
macia veludo, quase seda,
arrepiada e atrevida, pedinte pele,
se fartando na minha, pele,
seu cheiro também está esquecido,
meu nariz nem lembra, só quando respiro,
cheiro de mulher desejosa, desejando,
esqueci seu cheiro....
quase nem lembro de você,
quase....!


(Luiz wood)

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