terça-feira, 23 de agosto de 2011

...estações!!!



Dormimos em nossas estações!
Na primavera você me chamou pra dançar, e eu louco, alucinado, fui!
Dançamos e você me mostrou que é na primavera que tudo acontece. É na primavera que os sonhos acontecem, é na primavera que eles brotam!
Sempre achei que fossem as flores a se abrirem na primavera. Você me mostrou que são os sonhos, os nossos, quando dançamos! E eu louco, alucinado, fui!
Era verão, e por ser verão andávamos de mãos dadas!
Você me diz que gosta de andar assim de mãos dadas comigo na praia!
Engraçado, estamos numa avenida lotada de carros, lojas abertas ainda nessa hora da noite....e você passeia de mão dadas comigo numa praia!
Você me diz que o nosso amor é praia! Então te dou a mão e caminhamos no nosso amor...
Quando chega o outono você, criança atrevida, chuta folhas caídas no chão e ri alto, tão alto que acorda os meus sonhos!
Me chama:
- Vem amor, vamos chutar as folhas caídas no chão, vamos fazer de conta que são poças d’água, mas são em folhas que vamos chapinhar!
Claro, eu vou.... Eu sempre vou onde você queira brincar!
No inverno você se faz mais séria, me abraça como se fossem um cachecol seus braços tão quentes!
Me beija, como se fosse lareira sua boca que arde!
E, aquecido de nós, vamos pra nossa cama buscar o calor gostoso do nosso amor!
Amanhã será primavera, e você vai me convidar pra dançar!
E, eu louco, alucinado...claro que vou!

Luiz wood

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

nuvem, apenas....


Numa nuvem que não tem fim,
houveram violas e trovas ,
caboclas rimas e cantigas de algodão!

Numa nuvem que já não me quer,
haveriam lindezas e fios de cabelos,
bocas molhadas e olhares afiados,

Numa nuvem que é qualquer,
haverá nuvem e fim,
flautas roucas e céu carmesim.

Luiz wood

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

...ledos enganos!


restos de memórias,
e o poeta dedilha a viola,
em lamentosas cordas,
pés tão descalços, que causam sede,
olhos tão vivos, que causam lembranças...
restos de poemas,
em copos já bebidos,
e tantas estrelas num céu alucinado,
e o coro dos anjos dizem, amém...
restos de visões,
e um louco na avenida,
luzes acesas, casas apagadas,
em um mundo revogado,
no nosso ledo engano...poesias!

Luiz wood

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

tão louco amor!


Gravuras loucas no branco da parede,
no espelho, um olhar perdido, imagem perigosa,
na mesa de jantar, a toalha suja do jantar de ontem,
mãos e talheres dispostos e jogados no colo.

Em letreiros e neons, a fome bate na porta,
a solidão além dos males, apenas uma paixão,
enfeitando o jardim, esperando chuva e trovão,
na gaveta, uma carta amarela, esquecida.

Na porta, um poeta parado, feito batente,
tantas asas, tantos pensamentos e palavras,
a vida transformada em natureza,
tem chuva, tem sol e desejo latente.

Casa branca vazia, caiada de tons,
meus olhos não viram,
e desesperado sonhei com a tua cabeça,
com teu cheiro, teu amor e sua vida.

Na chuva o mar encheu,
meu olho marejado e tão cheio de mar,
voltou a te buscar,
cegou....!!!!!

Luiz wood

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

vida errante!


uma escada longa,
cada degrau...uma solidão.
um desejo curto,
cada gemido...um corte.
um solo longo, violinista maldito,
devaneios loucos, não se assuste.
nas arcadas do muro, tijolos inúteis,
invado sua defesas, ex conjuras.
na estrada, o caminhão velho,
desbrava os sentidos.
nada mais resta, findamos,
é quarta de cinzas!

Luiz wood

a incerteza da asa!


Nossa esperança está muda,
tão louco esse amor....
se transformou!
nossas mãos buscam desculpas para se tocarem,
e nossos olhos, quase cegos de não verem!
meu mundo de poeta,
acredita num mundo melhor,
mas o artificio da rosa, engana o amor...
além do bem existe a fuga do mal,
nos deixamos levar,
quero voltar!
sem paredeiro,
quero a incerteza da asa,
voar, meu louco amor!

Luiz wood

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

nau inaudita!


Porto, paragens...
tanto mar à vista...saudade,
terra, à perder de vista,
nau vadia, coração em partidas,
velas soltas, saudades doída,
ondas tortas, abismos náufragos,
enfim, tua praia-peito,
areia bendita, mata bem vinda,
terra virgem e farta,
seu colo-chão, minha pátria,
minha vida!

Luiz wood