segunda-feira, 26 de maio de 2008
domingo, 25 de maio de 2008
Mãos
suaves como tempo passado,
calejadas como a memória,
lindas como o vento.
Suas mãos,
que deixam marcas,
que acariciam,
que desejam quando tocam.
Suas mãos,
conhecem o meu rosto,
conhecem o meu tempo,
conhecem a mim.
As suas mãos,
nunca mais vazias,
levam a minha alma,
a minha vida,
me levam ...
as suas mãos.
( Luiz wood )
Ao sorriso mais lindo de toda as Minas Geraes, que está fazendo esse enorme carinho na minha alma (só Deus sabe o quanto preciso).
Ao jeitim mais gostoso de me dizer que ainda estou vivo.
À você Moniquinha, que tem sido muito importante ... mais do que você pensa.
O meu coração está em festa, por que você está aqui.
Obrigado.
Luiz wood
Lugar Algum
pode ser o fim do mundo,
o precipício do fim do mar,
ou a cratera mais profunda da lua.
pode ser o silêncio profundo,
o grito desesperado,
ou o gesto aflito dos mudos.
Aqui, onde nos encontramos,
pode haver dragões e feras,
armas e insultos,
ou pesadelos que vêm à tona.
Aqui, onde nos encontramos,
pode ser uma avenida larga,
uma rua escura,
ou uma veia aberta, hemorrágica.
Aqui, onde nos encontramos,
é lugar nenhum.
É nada.
É tudo.
( Luiz wood )
Verdade
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Eu Olhei
Eu vi a escuridão....nos olhos, bem no fundo deles, havia uma noite que insistia em não deixar o dia nascer....insistindo na noite...evitando o dia.
Eu tive medo, muito medo...
Eu vi, juro que vi, lá dentro dos olhos do homem, eu vi uma multidão se espremendo, tentando ocupar um canto escuro ... onde ninguém pudesse alcançá-la, onde o fel das línguas mortas se mantivesse bem distante.
Eu tive medo, muito medo ...
Todos os aviões do mundo ... mas todos mesmo, levantaram vôo , e o barulho era ensurdecedor ... canhões dispararam, gargantas gritaram ... tapei meus ouvidos ... mas os olhos olharam e viram ... Estávamos todos cegos e surdos.
Eu tive medo, muito medo..
Eu vi pessoas, muitas pessoas, mas estava sozinho ... na contra-mão, sozinho ... como se de repente o mundo todo se esvaziasse, e não restasse mais ninguém, nem você...
Eu tive medo, muito medo...
Quando eu olhei bem dentro dos olhos do homem vi morcegos ... vi cavernas ... vi o escuro, era um escuro que eu nunca havia visto antes, nem quando olhei o espelho, nem quando eu sonhei, era escuro, muito escuro...
Eu tive medo, muito medo ...
Os esqueletos se levantaram, covas se abriram, as línguas foram arrancadas, desejos sublimados,canções foram esquecidas e o silêncio se alterou ... gritos.
E restava pouca coisa, apenas meus olhos. Eu tive medo, muito medo...
Arranquei meus olhos e não vi mais os olhos do homem, não vi mais nada.
Eu tive medo, muito medo.
(Luiz wood )
domingo, 18 de maio de 2008
Eu Apenas
Quando as bombas caíram,
Quando a nuvem chorou,
Quando a lua sangrou.
Eu apenas chorei...
Quando os cães uivaram,
Quando os vampiros morderam,
Quando mais nada restou.
Eu apenas chorei...
Quando a voz ficou presa na garganta,
Quando o sorriso estagnou,
Quando o mar se fechou.
Eu apenas chorei...
Quando a fome doeu,
Quando a morte ceifou,
Quando eu me calei.
Eu apenas chorei...
Quando você se foi.
(Luiz wood)
sábado, 17 de maio de 2008
Duma Saudade Arregalada (MG)
( Luiz wood )
sexta-feira, 16 de maio de 2008
No Devido Lugar
Ontem, quando estive sozinho,
acordei sem você,
olhei de lado, sorri...
Caminhei.
Ontem, no pesadelo,
enfrentei a medonha
e, agora no sonho...
Adormeço.
Ontem, caminhei no deserto,
percorri dunas
bebo do meu próprio vinho...
Sacio-me.
Hoje, vivo,
sem você....
com Deus no seu devido lugar.
( Luiz wood )
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Olhe! Fale!
encharcado de suor!
É como se suas mãos,
deixassem transparecer,
a garra de querer comer!
É como se seus olhos,
virassem o rosto
e desejasse
nunca mais ver,
o fim do gozo.
É como se o gozo,
finalmente chegasse,
lento,
quente,
infalível,
inexorável,
inevitável,
Farto...
(Luiz wood)
terça-feira, 13 de maio de 2008
Andar
Onde eu poderia te encontrar?
Esquinas?
são lugares-comum
Na chuva?
coração estiado.
No vento?
temporais me destroem.
No deserto?
fico cego de tanta poeira.
Nas nuvens?
acorde menino!
No céu?
sem poetas, sem estrelas.....
Onde eu poderia te encontrar?
No desejo?
No beijo?
No morder?
No arranhar?
No gozo?
No suor?
No lençol?
No travesseiro?
No grito?
No gemido?
Como?
Se foi justamente ai que te perdi....
( Luiz wood )
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Memórias que eu nem mais sabia se tinha
Como quem sempre hesitou,
Entre a pressa e a preguiça.
Entre o olhar e o desejo
Entre o pecado e a missa
Lembra de mim
Como quem sempre hesitou,
Entre a prosa e o verso
Entre a coragem e a fuga,
Entre a rima e o verbo.
Lembra de mim
Como quem sempre hesitou,
Entre ser e oferecer
Entre a chuva e a vida,
Entre ter e merecer
Lembra de mim
Como quem sempre hesitou
Entre voar e despencar,
Entre correr e cair,
Entre eu ser ou ser você.
(não rimou mas, nem sempre a verdade rima)
( Luiz wood )
Dor
E, passa.
Existe a dor do parto,
Dói, mas algo nasce,
E é sempre belo.
A dor das cicatrizes,
Essas só doem quando o céu ameaça chuva.
A dor do castigo,
pagando por algo feito,
com efeito do mal-feito.
O arrependimento também dói,
Mas só depois de concretizado o fato.
E depois que já é tarde.
Existe dor latejada,
Lembrando à cada segundo que somos frágeis.
A dor exarcebada ...
Essa é forte, quase insuportável.
Também tem aquela que nasce do gozo,
Gritamos sufocados por lençóis, fronhas e coxas,
bocas e peitos.
Mas, dentre todas,
Existe uma que não podemos gritar,
Nem chorar,
Nem revidar,
Ela chega, toma conta do ser,
Toma conta dos pulmões parece,
Porque sufoca,
Arranca lágrimas dos olhos e nem oferece o consolo do lenço,
Se instala, e como uma rapina,
Nos tira da terra e nos despenca do céu,
Nos empurra goela a baixo o féu amargo,
Nos faz procurar um canto escuro,
E, como um ladrão, nos leva a calma.
Essa dor é insuportavél,
De todas, a mais cruel, porque não cabe revide,
Só desesperança.
Essa é a dor da indiferença,
A dor do silêncio,
Sem grito, sem lágrimas, sem gozo
Só dor ... e dói.
Dói muito...
Nada a fazer...
A não ser chorar...
E rezar, rezar pra que ela vá embora,
Um dia quem sabe.
( Luiz wood )
Você vê ?
domingo, 11 de maio de 2008
Silêncio Absoluto
Não chore agora.
Fique em silêncio.
Seque as lágrimas dos seus olhos.
As mentiras estarão seguras em sua cama.
E tudo não passara de um sonho mau,
o controle em suas mãos.
Os pensamentos em sua cabeça,
mentirão para os seus sentimentos.
e fecharão a sua vida para alguém importante.
Dê uma oportunidade...
Acorde e dê um longo sorriso hoje.
Seu sonho acabou...
ou vai começar novamente?
Encontre um lugar para se esconder.
Ache a porta da noite sem fim.
Seja tranquila como uma criança,
mesmo que esteja machucada.
Este é o dia ideal para a sua decisão.
Tire o medo dos olhos,
volte nos anos,
viaje na sua fantasia.
Você será a dona do mundo.
De repente,
ouvirá e verá,
uma nova dimensão... mágica.
Eu, tomarei conta de você até o fim...
Eu, correrei para te salvar...
Eu, te protegerei à noite...
Eu, sorrirei para você...
em silêncio absoluto.
Abra a sua cabeça para mim,
abra seus olhos e ouvidos.
O caminho será construído,
num lugar melhor,
que só existe dentro da sua cabeça.
Voando livre, pra dentro de você.
O seu sonho será salvo,
e nós caminharemos...
Eu, tomarei conta de você até o fim...
Eu, correrei para te salvar...
Eu, te protegerei à noite...
Eu, sorrirei para você...
em silêncio absoluto.
( Luiz wood )