terça-feira, 31 de março de 2009

...teu cheiro na noite....


a noite tem seu cheiro,
da sua pele
a lua tem teu vestido, nua
e todos os mistérios....
cabem em seu olhar,
olhando os meus.....
quase nossos!
(Luiz wood)

ÍCARO


Minhas esperanças incertas
te perdeu em alguma vida transformada,
em algum lugar longe, lá longe...


Minhas incertezas esperançadas
te encontrou em alguma palma de mão lida
por uma cigana mentirosa, uma qualquer...


Minhas desesperanças certeiras
vão te buscar em algum precipício da noite
fundo, onde possa medir a envergadura das minhas asas...

(Luiz wood)

segunda-feira, 30 de março de 2009

poema


Te amo!

...esse é o poema.

Te amo!


(Luiz wood)

sábado, 28 de março de 2009

Ouvir você....parece...


Ouvir sua voz...
dá vontade de voar,
navegar, nadar,
vontade de sair,
entrar, ficar, ir,
estar onde você estará,
chegar onde está,
correr,
ocorrer de lembrar,
esquecer,
ficar aqui mesmo,
te esperar,
nunca mais,
nunca mais te esquecer!
parece o fim do mundo....................
de tão lindo que é te ouvir!


(Luiz wood)

sexta-feira, 27 de março de 2009

quase às claras...quase


como amantes fugazes,
buscamos a escuridão,
becos da lua,
cantos na rua,
florestas densas,
praias vazias,
madrugadas lentas,
recônditos d'alma,
segredos do olho,
calar de confidências.

como amantes fugazes,
buscamos nossas bocas,
famintas....
escancaradas...às claras!


(Luiz wood)

...louco...


Totalmente alucinado,
jogado, prostrado...
absolutamente alucinado!
Definitivamente louco,
sem rumo, aluado...
mortalmente louco!

Assim fico,
quando você chega de mansinho,
quase gata...
quase mansa.


(Luiz wood)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Dias de Estações....


Alguns dias são assim mesmo, frios...
neve nos olhos,
nevoentos e tristes,
gelo na alma,
chuvosos e cinzas,
geada na boca!

Alguns dias são assim mesmo, mornos...
sombra no sorriso,
outonais e quietos,
mormaços caminhos,
cinzas e sombras,
arrepio e presságios!

Outros dias são assim mesmo, quentes...
brilho na pele,
sol e festas,
beijo de almas,
lindos e brilhantes,
você aqui...perto de mim! aquece


(Luiz wood)

...tanto amor...


de tanto amor que eu tenho...
as vezes me sobram só mãos...
as vezes me sobram só olhares...
de tanto amor que eu tenho...
as vezes me sobram lembranças...
as vezes apenas sonhos...
de tanto amor que eu tenho...
por me sobrar tanto....
de dou ele todo,
e por ser seu o meu amor...
já não me sobra amor...
é todo teu...todo!




(Luiz wood)

quarta-feira, 25 de março de 2009

LUA NUA


te ver nua...
é cair sem medo da queda,
é morder a carne crua, tua,
sonhar a lua nua, como você, nua.

te ver nua...
é ter nas mãos o mundo,
é gritar as cancões mais lindas,
esperar você, bem vinda.

ter ver nua...
é ser água em vereda,
navegável rio, intransponível mar,
é chamar-te alma, é te amar.

ter ver nua...
é como solar gaita em blues,
é querer solta as amarras,
do improvável solo das guitarras.

ter ver nua...
tão pequena e tão minha,
ter nua...
minha, linda lua nua!

(Luiz wood)

domingo, 15 de março de 2009

enganos da alma


Meu coração é terra incerta,
terreno infértil, arenoso.
Duros o caminhos que fez até aqui,
armadilhosos os caminhos,
velozes rios incertos.
Meu coração é falsa profecia,
cigana enganadora,
estrada errada,
é sol de inverno.
Meu coração é chuva seca,
trem descarrilado,
bola ladeira abaixo,
é agua servida.
Meu coração é seus olhos,
enganos da alma,
medrosos e felizes,
mas meus....
com a vida que tem.


(Luiz wood)

Não Sou


Não sou lago,

antes mar revolto,

vulcão, lava e fogo.


Não sou estrada reta,

mas curva fechada,

contra-mão, ladeira abaixo.


Não sou menino,

sou homem querente,

do amor desembestado.


Não sou amor sereno,

contudo forte, ainda amor,

sou vida, sou sua sorte.


(Luiz wood)

sábado, 14 de março de 2009

ARCANOS


Algumas cartas marcadas,
algumas que nunca esqueci,
outras que nos trazem de volta,
feito as chuvas do verão.
Lembranças risonhas,
dias de sermos felizes,
iguais quando nós fomos os dias,
eu e você, dias felizes.
Sorrisos abertos,
o som das risadas,
emoções apenas,
a emoção de ter você, apenas.
As cartas jogadas,
nossas sortes lançadas,
sortilégios de amor,
....e saber que fomos amor,

eu e você, fomos amor!
amor de cartas jogadas.....
....e marcadas.
como as lembranças.


(Luiz wood)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Versos Simples !


Tem horas que os versos me chegam assim,
soltos, feito os seus cabelos,
em outras eles chegam de mansinho,
quase gata, você acordando,
outras vezes, meus versos chegam livros,
lidos, como teu corpo lido e relido,
tem momentos que meus versos são aves,
rapina, sua boca faminta,
ou são apenas versos simples,
nus,
nós na nossa cama!


(Luiz wood)

terça-feira, 10 de março de 2009

GARATUJA


Vou te desenhar,

no meu braço, nas costas,

garatuja linda,

menininha linda,

um sorriso, um rosto.

Vou te desenhar,

no meu peito, na nuca,

apenas traço negro,

olho cheio de cor,

teu nome junto com o meu.

Vou te desenhar,

na minh'alma,

linda tatuagem!



(Luiz wood)

segunda-feira, 9 de março de 2009

longe...tão longe


Não sei dizer seu nome,
sem contar as horas que está longe,
sem perceber como é longo o tempo,
se você não está aqui.
Como é longo o caminho,
se ele não leva à você,
se não te leva,
como é longo o caminho...
tantas vezes caminhado.
Como é difícil estar só,
quando já se teve tanto,
e você habitava todos os meus sonhos,
e agora sonhamos separados,
como é difícil estar só...
quero dizer seu nome novamente!
Volte junto com o tempo, volte!



(Luiz wood)

domingo, 8 de março de 2009

Perdido na Tarde, quase saudade


Era apenas um desejo perdido na tarde, quase uma saudade.

Buscava alívio nos livros, nos filmes inúteis, nas músicas que apenas aumentavam o desejo ( a quase saudade) perdido na tarde...o pensamento insistia, a alma voava, e iam longe, pra perto de você, pra dentro da sua casa. Procurava por todos os meios a distração, o não lembrar, inútil...o desejo insistia em te procurar.

Como esquecer os braços? os olhos? a pele-cheiro?. Como deixar de desejar, de sentir o que é quase saudade?

Impossível, mas queria esquecer, arrancar você do pensamento, do coração.

Arrancar da vida, embora seja a própria vida, suícidio!

Lembranças de olhos cortantes.

Lembranças do fogo, do calor exausto, dos tempos de fogueira. Chama apagada apenas com suor, com o suor dos dois em chamas, quentes.

Das guerras aflitas, esgrima de linguas.

Saudade, quase um desejo perdido na tarde.

Saudade....

- Alô!

- Oi!

- Saudade de você!

- Então venha!

Era apenas uma saudade, agora é só desejo, não mais perdido, na tarde!



(Luiz wood)

NADA ALÉM DE VOCÊ


Nada vejo além dessa porta,
nada que não seja você,
te vejo chegando plena,
vindo pela estrada, automóvel,
vindo pela trilha, india,
vindo pelas galáxias todas, astronauta.
Nada vejo além dessa porta,
nada que não seja você,
te vejo chegando linda,
linda no seu vestido colorido, mulher,
linda no seu sorriso único, feliz,
linda e nua, pura pele.
Nada vejo além dessa porta,
nada que não seja você,
te vejo chegando apenas mãos,
mãos de carinho, mulher,
mão de afagos, quase mãe,
mão estendidas, puro braço estendido.
Nada vejo além dessa porta,
nada que não seja você,
te vejo chegando terra,
terra fértil germinada, planeta,
terra úmida irrigada, prenha,
terra arada, eu trator , quase rasgada.
Nada vejo além dessa porta,
nada que não seja você,
te vejo chegando mar,
mar revolta, pura onda,
mar ressaca, vilolenta,
mar profunda habitada, fera incrível.
Nada vejo além dessa porta,
nada além de você, que não seja você!


(Luiz wood)

Estranhas Manias


Você tem manias de sol,
entra sem pedir,
aquece e faz suar!

Você tem manias de lua,
brilha por si,
levanta marés, faz uivar!

Você tem manias estranhas,
descobre meus sorrisos,
me devora e vomita!

Tão estranhas essas suas manias...

(Luiz wood)

sábado, 7 de março de 2009

Asas de Sonhar Você


Asas de sonhar você,

voam alto, bem alto, quase céu,

quase te tocando no céu da boca,

saboreando ventos de olhos claros,

voam alto, bem alto, quase céu,

desespero de asas planas,

saudade de infinito nos ossos,

cordilheira de desejos impuros,

voam alto, bem alto, quase céu,

as asas de sonhar você,

voam alto, bem alto, quase céu,

voam você mulher,

sonham você,

asas de sonhar você!


(Luiz wood)

ANDANDO POR AÍ, menina linda


Quando ando por aí,
distraído, com as mãos nos bolsos,
e a saudade cruza o meu caminho,
eu presto atenção,
e lembro de você menina linda.

Quando ando por aí,
distraído, é fácil lembrar você,
a saudade também cruza seu caminho,
eu sei,
e lembra de mim, menina linda.

Quando andamos por aí,
distraídos, lembramos,
e a saudade acaba nos cruzando,
sabemos.
e lembramos de nós, menina linda.


(Luiz wood)

amor imperfeito


Nosso amor imperfeito,
é solidão solta,
solidão de um novo amor,
esquecimento do deitar,
mas, é flor perfeita,
chuva nossa, serena,
é amor de começar,
de te conhecer,
de te viver,
amor imperfeito,
de saudade de males e bem,
de paixão de brisa,
com cheiro de amor,
de chão subir ao céu,
de mar secar em pleno sertão,
é amor imperfeito,
mas é belo como a luz,
como trem na madrugada,
como um novo amor,
belo como olhar do cego,
adivinha mais lindo do que a visão,
tateia e faz a pele ver,
meu amor imperfeito,
bata que eu sou porta!

(Luiz wood)

Oníricos


apenas uma cidade, à espera do alvorecer, à espera do nascer, na verdade, do renascer....apenas uma cidade e suas ruas, vez em quando, uma mulher linda dobrando suas esquinas como quem dobra a vida, ao acaso, nas esquinas de ruas e nas esquinas da vida...ao acaso. vez em quando um desejo de jardim, um desejo de primavera com gosto de outono e suas sombras frescas, como num sonho de inverno, um sonho quente e aconchegante feito verão em apenas mais uma cidade qualquer. vez em quando na cidade nos encontramos, dobrando um esquina feito a linda mulher em pleno verão, e de mãos dadas, seguimos por nossas avenidas até beira-mar, seguimos até nossos olhares se encontrarem em avenidas de girafas postas, e chapéus vermelhos, galochas amarelas e nós, um casal tão comum, tão nosso, tão comum, como gravetos encontrados na areia do mar. tão comum como o guarda chuva....mas faz sol.
apenas uma cidade onde orquídeas bebem agua na chuva da madrugada, a lua, quando surge venera todos os espelhos que a refletem...lua narcisa, como todas as luas, narcisa e bela. a mulher linda ainda dobra as esquinas e nós seguimos, nesse sonho tão lindo...apenas sentindo a terra girar sob nossos pés perdidos no universo!
seguimos de mãos dadas.....


(Luiz wood)

quinta-feira, 5 de março de 2009

amnésia


Nem lembro de você,
nem lembro das suas pernas,
pernas de pecado ousado,
de agarrar as minhas, abusada,
não lembro nem dos seus olhos,
atrevidos que me chamavam com brilho,
sinais obscenos de olhar, cínico,
suas mão nem me passam pela cabeça,
esqueci do atrevimento delas,
da ousadia de me pegar com força,
do arranhar de gozo grande, como as suas unhas,
a sua boca está esquecida,
as mordidas apagadas da memória,
a saliva aguada, molhada, bebida na taça,
nem lembro, gulosa,
esqueci sua pele,
macia veludo, quase seda,
arrepiada e atrevida, pedinte pele,
se fartando na minha, pele,
seu cheiro também está esquecido,
meu nariz nem lembra, só quando respiro,
cheiro de mulher desejosa, desejando,
esqueci seu cheiro....
quase nem lembro de você,
quase....!


(Luiz wood)

força bruta


Vem, aperta seu corpo em mim,
deixe que as nossas peles se misturem,
que o nosso suor confundam os gostos,
respire bem dentro de mim,
grita seu nome aqui, na minha boca.

Vem, esfregue seu cabelo no meu,
feito gata mansa, brinque nas minhas pernas,
risque minha pele, faça sua marca, tatuagem,
dance na minha alma, serena e sedenta,
peça paz, não te dou, mas peça a paz de amantes.

Vem, acorda no meu peito,
morda a carne, canibal em êxtase,
exija sangue, saliva teve todas já,
queira mais e mais e mais e te dou e te dou,
venha bailarina, sou musica e palco,

vem mulher errada, na sua opção, sou teu homem,
errado também, mas teu, teu homem!


(Luiz wood)

SILÊNCIO HABITADO


Era apenas silêncio,
e tão forte que gritava o silêncio,
e esteve aqui entre nós,
apenas o silêncio,
cortante como lamina,
afiado feito punhal,
o silêncio dos astronautas,
argonautas afogados,
apenas o silêncio,
silêncio de respeito,
de medo, de água funda,
silêncio de agonia,
de morte fria esperada,
de hospitais,
corredores escuros,
de beco estreito,
de mão crua,
sentença bruta,
apenas o silêncio,
silêncio habitado entre nós.


(Luiz wood)

quarta-feira, 4 de março de 2009

DOCE SENHORA


Diante de ti,
deponho todas as minhas armas,
incondicionalmente me ponho à sua mercê,
dou a batalha por perdida,
rasgo meu estandarte, bordo um novo,
com seu nome e seu brasão,
que tem como lema, a vida,
e como heráldica,
seu sorriso em pleno meio-dia!
Diante de ti,
cesso todas as minhas guerras,
me retiro do campo de batalha,
sou teu prisioneiro suave,
e, defrontado com tamanha beleza,
me recolho em armaduras,
repouso no seu colo,
e incondicionalmente, me entrego a você,
agora, minha senhora minha!


(Luiz wood)

SEREIA


Ouvi sua voz nos rochedos batidos de ondas,
voz líquida e ondosa, ondulante das ondas,
gritava meus ouvidos cegos e molhava meus pés,
ondas quentes de veias vitais, sanguíneas veias, vermelhas,
veias vermelhas e vitais encharcando meu coração,
voz luminosa e molhada de ondas que batem rochedos,
rasgando as veias, inundando meus olhos surdos,
e você formosa iara d'água, quase me afoga,
gritando nos rochedos batidos de ondas,
soluçando em águas ondulantes de ondas!
Meu navio naufragou....


(Luiz wood)

DORSO CAVALGADO


Me receba nos seus temporais,
me receba trovão, violenta,
em meios à raios, alimentando faíscas,
rompa tempestade,
agite o mar, levante ondas,
seja temporal!
No seu dorso louca cavalgada,
sem nenhum abrigo,
a chuva no rosto, peito aberto,
cavalgando você animal,
os cascos cavando marcas na terra,
arranque clarões, arranque desejos,
faça trinar todas as guitarras,
trinque os meus dentes, a rédea na boca,
a trilha das tempestades,
me receba nos seus temporais,
me deixe sem abrigo,
e absolutamente temporal!


(Luiz wood)

terça-feira, 3 de março de 2009

curvas...curvas



curvas...curvas,


e lá longe,


mais curvas,


e o filme,


e a música,


a paisagem,


e lá longe,


curvas...curvas,


aqui dentro,


apenas você,


indo ao meu encontro,


sorriso,


sorriso menta,


baton,


e você,


e lá longe,


curvas...curvas,


ondulantes,


asfálticamente,


sol se pondo,


poenticamente,


feito o asfalto,


asfáltipoenticamente,


e lá longe,


curvas...curvas,


e eu esperando você,


além,


das curvas.






(Luiz wood)

saudade, só saudade


as nossas saudades são tão nossas,
que nem doem mais,
são só lembranças, lembranças.
o nosso sol continua iluminando,
nossos caminhos tão nossos,
e o seu brilho nos devolve a saudade.
tantas coisas nos fazem sorrir,
um sorriso de saudades,
um sorriso escondido, quase acanhado,
um sorriso só nosso, ninguém entende.
o nosso sol continua iluminando,
e nós sabemos do seu calor,
já fomos aquecidos por ele,
e agora é só saudade,
o calor, o sol, as nossas coisas,
é só saudade!
que nem doem mais....
é só a saudade quando o sol bate!
que nos fazem sorrir, acanhados.


(Luiz wood)

MISTICAMENTE




Quando você fala assim,


parece que meu coração se incha,


só pra caber você...


misticamente! lentamente!


suavemente!......


vocêmente!


totalmente!


(Luiz wood)

segunda-feira, 2 de março de 2009

novo céu novo


estava só sob o novo céu, um céu que nunca havia visto antes, um novo céu. mais escuro, mais denso, com estrelas maiores e mais brilhantes. um novo céu, e eu, ali...sob um novo céu. só sob um novo céu.
uma outra cor, um novo amor, um estranho odor. um cheiro novo de céu.
todas as mãos se levantaram e o saudaram, saudaram o novo céu como se fosse um novo deus, mais escuro, mais denso e com estrelas maiores, um novo céu.
as janelas se quedaram escancaradas, os carros no meio fio não ousavam sequer um barulho de motor, os ratos se recolheram nos esgotos e o silêncio se estabeleceu, quase que definitivamente, afinal era um novo céu, quase um novo deus.
nenhum líder saudou o novo céu, os idiotas apenas não sabiam o que fazer com ele, nenhum general ousou desafiar o novo céu....apenas se recolheram, não sabiam de nada, nada sobre o novo céu, mais escuro, mais denso com estrelas mais brilhantes e maiores.
nossas mão se uniram, a minha e a sua, quase uma só, as nossas. agora não mais só sob o novo céu, você está aqui. veio correndo, pulou muros estranhos, rasgou portões estranhos, e as cercas estranhas foram todas arrancadas. estamos aqui sob o novo céu, mais escuro, denso e com novas estrelas, mais brilhantes e maiores. quase do tamanho dos seus olhos.
e ninguém ousa, ninguém ousará olhar pra cima. apenas nós, eu e você.
para nós não é mais um novo céu, é apenas o nosso céu, mais denso, mais escuro, com estrelas mais brilhantes e maiores.


(Luiz wood)

MADRUGADAS


Quando estamos juntos,

meus olhos riem,

minha boca pede,

minha mão estende,

minha pele, ela oferece.



Quando estamos juntos,

o tempo não passa,

as horas escorrem,

a ampulheta é rasa,

a vida passa, essa passa.



Quando estamos juntos,

o cansaço restaura,

o gemido ofega,

o gozo entrega,

a alma geme, ela geme.



Quando estamos juntos,

a noite é curta,

o dia demora muito,

o tempo espaça,

a madrugada entrega, é toda entrega.






(Luiz wood)

VOCÊ VOLTOU


Parece que todas as estrelas estão aqui,

e só porque você voltou pra mim,

parece que derepente o mar é mais azul,

o vento que sopra canta o seu nome.

Eu ouço uma sinfonia suave,

e a terra gira mais lentamente,

nos passos da nossa dança,

é o compasso da sua regência.

que guia a nossa dança.

Na primavera em pleno verão,

são flores azuis que te enfeitam,

e seda é o que cobre teu corpo,

e o blues é o que me vem à alma.

Apenas porque você voltou....


(Luiz wood)

domingo, 1 de março de 2009

ME BEIJE



Beije meus olhos,



preciso ver longe,



preciso ver você.



Beije as minhas mãos,



preciso de acenos,



preciso de gestos,



Beije a minha testa,



preciso sentir,



preciso pensar em você.



Beije a minha boca,



preciso do seu sabor,



quero você, aqui!





(Luiz wood)

NENHUMA PALAVRA


Nada que você disser agora,
poderá mudar o fato que você se foi.
Nada do que você disser,
trará de volta o que perdemos,
você se foi,
e eu segui a mesma estrada,
eu fui.
Nenhuma palavra dirá,
nenhuma poderá explicar,
o amor tão forte,
que nem amor é mais,
que nem ódio é mais,
é nada....somos nada.
Fique em silêncio,
não tente explicar o que se foi,
apenas aceite o fato...
Nós fomos,
e nada, nenhuma palavra,
mudará isso...
Apenas isso!

(Luiz wood)

CAMINHOS VAGOS


Tenho andado por caminhos vagos,
andei em todos os caminhos vagos,
andei por ai, com olhares vagos,
apenas andei....

Com as mãos nos bolsos, caminhei,
estava cantando um canção no caminho,
uma canção triste, assim como eu, triste,
apenas cantei....

Ouvindo seu piano, caminhei,
eu cantarolei e você tocou seu piano,
uma trilha sonora pro nosso fim,
apenas tocou....

Andamos caminhos vagos,
com nossas mãos nos bolsos,
cantarolamos canções,
e tocamos seu piano, tocamos juntos,
....e seguimos, apenas seguimos!
caminhando nossos vagos caminhos.....


(Luiz wood)