sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

tão louco amor!


Gravuras loucas no branco da parede,
no espelho, um olhar perdido, imagem perigosa,
na mesa de jantar, a toalha suja do jantar de ontem,
mãos e talheres dispostos e jogados no colo.

Em letreiros e neons, a fome bate na porta,
a solidão além dos males, apenas uma paixão,
enfeitando o jardim, esperando chuva e trovão,
na gaveta, uma carta amarela, esquecida.

Na porta, um poeta parado, feito batente,
tantas asas, tantos pensamentos e palavras,
a vida transformada em natureza,
tem chuva, tem sol e desejo latente.

Casa branca vazia, caiada de tons,
meus olhos não viram,
e desesperado sonhei com a tua cabeça,
com teu cheiro, teu amor e sua vida.

Na chuva o mar encheu,
meu olho marejado e tão cheio de mar,
voltou a te buscar,
cegou....!!!!!

Luiz wood

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

vida errante!


uma escada longa,
cada degrau...uma solidão.
um desejo curto,
cada gemido...um corte.
um solo longo, violinista maldito,
devaneios loucos, não se assuste.
nas arcadas do muro, tijolos inúteis,
invado sua defesas, ex conjuras.
na estrada, o caminhão velho,
desbrava os sentidos.
nada mais resta, findamos,
é quarta de cinzas!

Luiz wood

a incerteza da asa!


Nossa esperança está muda,
tão louco esse amor....
se transformou!
nossas mãos buscam desculpas para se tocarem,
e nossos olhos, quase cegos de não verem!
meu mundo de poeta,
acredita num mundo melhor,
mas o artificio da rosa, engana o amor...
além do bem existe a fuga do mal,
nos deixamos levar,
quero voltar!
sem paredeiro,
quero a incerteza da asa,
voar, meu louco amor!

Luiz wood

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

nau inaudita!


Porto, paragens...
tanto mar à vista...saudade,
terra, à perder de vista,
nau vadia, coração em partidas,
velas soltas, saudades doída,
ondas tortas, abismos náufragos,
enfim, tua praia-peito,
areia bendita, mata bem vinda,
terra virgem e farta,
seu colo-chão, minha pátria,
minha vida!

Luiz wood

domingo, 10 de janeiro de 2010

Maré cheia!


Meu amor é mar de você.
é transbordante, maré cheia,
ressaca de vida e maré...cheia.
Meu amor é amar de você.
quase mar...quase amor,
ressaca de lua...de quase mar.
Meu amor é quase você.
maré vazante....quase cheia,
quase você!

Luiz wood

domingo, 3 de janeiro de 2010

não se surpreenda!


Não se surpreenda,
um dia desses, comum,
a saudade vai te acordar!
Não se surpreenda,
terá sol, terá luz, terá vida,
faltará o bom dia!
Não se surpreenda,
seu levantar e andar serão os mesmos,
não terá o caminho!
Não se surpreenda,
você sorrirá e cantará,
embora sem a poesia!
Não se surpreenda,
um dia desses, comum,
a saudade,
a saudade vai te acordar!

Luiz wood

sábado, 2 de janeiro de 2010

esse dia chegará!


Haverá o dia,
em que tudo passará!
Minhas mãos esquecerão as suas,
e a minha boca indecente,
nem se lembrará da tua!
O meu suor,
estará na cama,
mas você não estará!
Algumas músicas irão embalar,
uma nova história, linda talvez,
e você não as ouvirá!
Haverá o dia,
em que tudo voltará!
Mas você,
você ficará!
Haverá esse dia,
e um dia bastará,
apenas um dia e nada mais!

Luiz wood