quinta-feira, 23 de abril de 2009

Madrugadas


...tantas madrugadas,
que nos perdemos, sem encontrar,
que nos beijamos tanto,
a minha boca nunca mais foi a mesma...
minhas mãos sentiram tanto os teus seios,
que não conhecem mais outras formas,
meu cabelo se enroscou com o teu,
e amarrados, dormimos juntos,
teu cheiro pela nossa janela aberta,
fez corar as flores do jardim,
e seus olhos, olharam tanto os meus,
que quando não os via, era cego,
as roupas em bagunça, jogadas,
pareciam exaustas também,
e por fim, tontos ao levantar,
te banhava de sabão e luar,
a minha lingua, toalha suave,
te aquecia e convidava,
venha....deite-se aqui,
o sol já vai sair.....
....tantas madrugadas!


(Luiz wood)

Um comentário:

  1. Luiz,

    "teu cheiro ..... fez corar as flores do jardim, e seus olhos,.... quando não os via, era cego, as roupas ..., pareciam exaustas..."

    A Criação foi tão perfeita, fez a madrugada, os corpos, o amor, o desejo...

    E você, poeta, com doçura e sensualidade, fotografou a madrugada, perfeita!

    ResponderExcluir