Era um anjo, apenas um anjo. Um anjo que tinha que velar por toda uma cidade, mas apenas um anjo. Abria as asas e voava, revoava, pousava, voava, revoava. Apenas um anjo. Chorou algumas vezes, homens são assim mesmo, as vezes nos fazem chorar, as vezes é triste, muito triste ser anjo, as vezes choramos. Os anjos choram.
Mas tinha asas, e isso é o que importava, asas.
Com elas subia tão alto, que nem o telescópio mais potente poderia enxerga-lo, isso se telescópios pudessem enxergar anjos, não podem, mas se pudessem, nem o mais potente deles conseguiria enxerga-lo, porque tinha asas e voava tão alto...
Homens precisam ser velados para não fazerem besteiras, mas fazem mesmo assim, mas se não fossem, fariam ainda mais, além das guerras, além do preconceito, além das dores, além das destruições, além das maldades, além da indiferença, além da fome, além da prisão, além da tortura, além... fariam mais besteiras, homens precisam ser velados. O anjo velava.
E voava pra além do telescópio potente...
Um dia voou tão alto, mas tão alto, bem mais alto, muito mais alto e não voltou mais.
Agora não temos mais um anjo pra velar por nós.
Estamos sós.
( Luiz wood )
Oi Luiz,como sempre seus poemas ...lindos!!!
ResponderExcluirUm anjo voou muito alto e se foi embora....
Mas, outro ficou aqui para continuar a escrever para nós...
Você anjo poeta!!!!
Beijo
Carol
* Meu amigo...inúmeras vezes,me sinto assim,como este anjo...não por voar tão alto e não voltar...e sim,por velar tanto,mas tanto...que a dimensão de tanto querer,me trasnfere à um medo...perda e isso,me assombra...justamente pela maneira individual que encontro em cada ser humano...Luiz não esqueça amigo...Somos todos anjos de rua,da rua infinita da Vida * Bj sr: Anjo...BETH
ResponderExcluir