sábado, 19 de julho de 2008

Dizer

Dizer que tudo será eterno,
bobagem,
nada é,
nem você, ou eu,
nem lágrimas,
nem risadas, ou calar,
nem fuga,
nem retorno, ou voltar,
nem beijos,
nem morder, ou boca,
nem poema,
nem história, ou viver,
nem pecado,
nem missa, ou céu,
nem o risco,
nem seguro, ou lar,
nem saliva,
nem fome, ou cama,
nem dias,
nem décadas, ou séculos,
nem perene,
nem efémero,
ou fugaz,
nem riacho,
nem rio, ou mar,
nem nós,
nem você, ou eu.


( Luiz wood )

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