A noite se vestiu como de costume. De negro.Aos poucos foi se encantando...
Como uma mulher vaidosa que se arruma pensando no amante.
Um pouco de brilho nos olhos, cuidado no baton evidenciando a boca sedenta, as mãos cariciando a própria pele antecipando o prazer,os cabelos soprando o vento que por certo virá,
o vestido lentamente colocado, os brincos celestes que refletem galáxias e que fazem visionários prever o futuro só pelo prazer da contemplação e o colar que finalmente estabelece a lua.
A noite se vestiu....
Com a voz suave sussurrou meu nome.
Da mesma maneira que um marinheiro quando ouve a sereia eu obedeci ao chamado.
A noite me beijou e me envolveu em abraços escuros e brilhantes... conduziu.
À cada brisa soprada no meu rosto eu vi a face da noite,
senti em minha boca o doce aroma da mulher,
o encanto dos sonhos e o prazer do envolvimento pleno.
Fui Noite, ela foi Homem....
E nos penetramos... na Noite, no Homem... nos penetramos, fomos nossos.
Foi Homem. Fui Noite.
( Luiz wood )
* Lindo amigo...a vaidade,muitas vezes nos toma em circunstâncias desnecessárias...ELA é importante,mas tb tenho uma opinião,em que ter vaidade é o contrário de ser vaidosa...como uma maneira um tanto diferenciada...em TER e SER...mas me senti neste momento,viajando em seu poema,em suas singelas colocações...a minha vaidade e isso há um valor incomparável...à mim,não é o principal,mas agradeço à Ti...poema que nos coloca em uma reflexão,nós sensiveis mulheres * + 2 bjs! BETH
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