O meu coração se desarmou,
abandonou todo propósito de te olhar,
está desesperado, como o meu caminho.
As cinzas ainda quentes refletem apenas palavras,
os gestos se esconderam na escuridão,
como quem teme trovões e ventos.
A minha alma se expôs ao sol e fez-se sombra,
a aurora desejada não veio,
o mar se abriu num furor que me estremeceu.
Só me restaram as palavras... mas não digo,
na tempestade almas não dançam...
Basta... não peço mais,
línguas afiadas, bocas mudas,
toalhas manchadas, taças rachadas
o anel devolvido.
Basta... não peço mais.
( Luiz wood )


