segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Deus!


Uma dessas noites qualquer, eu briguei com Deus,..alias, brigamos.
como se fossemos duas crianças trocando birras!
Eu O acusava de me tirar depois de haver-me dado...amores, prazeres, alegrias, e o pior, sempre me acena com coisas boas, que no fim me serão tiradas!
Por Sua vez...me acusa de inconstância...filho não muito fiel...birrento até!
Me acusa de pedir e desejar coisas contraditórias e incoerentes, tornando assim, difícil a Sua missão,...
Começamos com aquele jogo de sinceridades (tão comum aos jovens) e logo nos pegamos magoados um com o outro (tão comum aos adultos).
Brigamos a noite toda e não chegamos à conclusão nenhuma...
Ele, me dá e tira por ser Deus, e deuses são assim mesmo....fazem o que bem entendem!
E eu, incoerente e contraditório, afinal. tenho que ser assim mesmo...por ser poeta.
Faz parte da minha existência e oficio.
E por ser poeta, apenas amo...incoerentemente. Não sou Deus....graças à Deus!
Um dia desses faremos as pazes!
Se Ele quiser!

Luiz wood

Quando tudo terminar!


Quando tudo terminar,..
mãos caírem do céu
arrebatando corações,
cometas vagabundos
varrendo naus incertas,
espadas de anjos absurdos
cortando cada fio de vida!
Quando tudo terminar,..
pesadelos tenebrosos
acordando sonhos inúteis,
mares enfurecidos
naufragando donzelas,
vulcões lavosos,
queimando retinas impuras!
Quando tudo terminar,..
deite-se no meu travesseiro,
esconda-se no meu armário,
durma no meu braço!
Quando tudo terminar,..
termine em mim!
Quando tudo terminar,..
termino em você!

Luiz wood

sábado, 28 de novembro de 2009

risos!


era tanto olhar...
e mar à vista,
braços enormes,
estradas longas,
e o teu olhar...
era tanto querer...
um carreirão,
estirão a mais não ver,
cores de passaros,
e o teu querer...
era tanto rir...
feito menino,
gargalhadas lindas,
e a vida livre,
e o teu sorriso...
apenas ele! e estar vivo!

Luiz wood

esquecer!


esquecer.
não lembrar de emoções,
abrir mão do que resta...
apenas esquecer e seguir,
buscar novas lembranças,
novos caminhos,
como se fosse fácil...
ah!
quero esquecer,
mas meu coração se nega,
meu coração agora é pura lembrança,
recusa-se a bater...
apenas lembra!
não bate mais,
morreu nesse instante!
esqueceu de bater!

Luiz wood

...chuva!


era tanta saudade que ele apenas caminhava, chutava poças, com as mãos nos bolsos...
a chuva era lenta, demorava uma eternidade e fria...eternamente fria...é ter na mente fria, e lenta a chuva!
um choro, um sorriso, um esgar, morte e vida...a chuva calava e escondia tudo!
pessoas cruzavam o caminho, outonais! e passavam sem deixar saudades, apenas passavam, lentas e frias! tão fria e lenta a chuva.
ele caminhava e sentia saudade, saudade dele mesmo...
saudade do que era antes do amor...antes do partir...saudade de quem nem mais conhecia, um estranho no reflexo das vitrines embaçadas...
a chuva...a chuva era a saudade, fria e lenta!

Luiz wood

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

para amar!


para saciar,
sangue de vampiro,
lua de lobo,
olhos de louco,
passos para te correr!

para viver,
sol nas nuvens,
anjos nas estrelas,
sapatilhas de bailarina,
seu beijo na boca!

para cantar,
musica cantarolada,
risada escrachada,
vida destoada,
sua boca na minha!

para gritar,
uivo de saudade,
a vida exangue,
o olhar de revés,
a cegueira de te ver!

para morrer,
essa saudade,
a vontade de ter,
o desespero do não ter,
estar sem você

Luiz wood

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

a sua saudade!


sabe a saudades que você sente?

do café de madrugada,

das risadas largas e lindas,

do caminhar lento,

e conversas noite adentro?



sabe a saudades que você sente?

das mãos ávidas,

da minha boca com sede,

do teu gosto na minha boca,

e o pesadelo acordado com um beijo?



sabe a saudade que você sente?

dos pincéis divididos,

dos lençois arremetidos,

das comidinhas feitas com carinho,

e com um sorriso...bom dia?



sabe a saudade que você sente?

pois é criancinha,

essa saudade...

ela vai aumentar!





Luiz wood

terça-feira, 24 de novembro de 2009

mãos vazias...!


minhas mão vazias,
não sabem o que fazer,
gestos, acenos?
livres agora,
queriam toque,
queriam você...
o que fazer?
o que fazer vazias?
estão mudas...vazias,
delicadamente traçam,
usam cores numa tela branca,
numa vida de cor...
sem cor...
traçam...
o silêncio!

Luiz wood

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

esqueça...


esqueça...
que minhas mãos te percorreram,
e, em cada via tua, desbravei!
os meus olhos, que brilharam nos teus,
foram rios de felizes, cada vez que te viam!
minhas pernas confusas,
sempre que tocavam as suas!
esqueça...
que rimos juntos à cada manhã,
sabíamos do dia lindo que viria!
que houveram planos loucos,
mas crianças, podíamos tudo!
esqueça...
as tardes vermelhas,
que caiam e nos faziam subir!
do calor de viver,
agora é só a lembrança!
esqueça...
de se lembrar de mim,
esqueça...

Luiz wood

domingo, 22 de novembro de 2009

basta-me!


se já não bastasse tantas mãos,
tantos desejos e carnes.
se já não bastasse esse escuro,
solidão e cansaço...
ainda restou seu perfume,
deixa-me...
deixe que me vá, indo, apenas indo,
deixa-me...
se já não bastasse tantas vozes,
tantos sussurros e palavras mudas.
se já não bastasse promessas,
ainda restou um riso,
cala-me...
me deixe mudo, em silêncio, apenas o silêncio,
cala-me...
se já não bastasse tanto pensar,
tanto sonhar e querer,
ainda restou sua sombra,
cega-me...
me deixe apenas o escuro do não querer,
cega-me...
se já não bastasse tantas lutas,
tantas batalhas e derrotas,
ainda restou o campo,
mata-me....
mas me deixe viver!

Luiz wood

sábado, 21 de novembro de 2009

e no entanto...


E no entanto....em minhas mãos você não está. nem as suas promessas.
tão ausente, acena com mãos que não voltarão, com promessas, que não cumprirá...
E no entanto...as minhas pernas insistem, mais um dia, apenas mais um dia, só um dia para amar.
E no entanto...um dia você voltará, em resposta ao "jamais", um dia você estará, simplesmente estará,...um dia, nunca mais.
E no entanto...já não serei mais o que sou, já serei apenas um sonhador, um amor que passou, serei apenas uma chuva...e você passará.
E no entanto...numa noite, você sonhará, na cama só você se verá, tanto silêncio, escuro até, uma sombra do que fui...e você sonhará. tão só.
E no entanto...terno e violento, o meu amor gritará...apenas um dia mais, e não estarei, apenas um beijo, e não estarei...a partida, enfim...perfeita.
E no entanto....nunca mais!

Luiz wood

terça-feira, 17 de novembro de 2009

...o tempo passa!


Parece um século,
uma eternidade, que me abraçou,
uma vida toda, o seu ultimo beijo,
o tempo passa...
menos essa dor, essa saudade,
elas não passam, elas ficam,
o tempo passa...
menos essa dor, essa saudade!

Luiz wood

restos de você!


Sobraram restos de você,
seu perfume doce de solidão,
na cama, sua marca,
me chama...
mas estou só...sem você!
quando amanhece,
eu espero novamente,
e você não está...eu espero,
nossas musicas e silêncios...
mas estou só...sem você!
sobraram restos de você,
tão violenta e terna,
que me faz pensar em nós,
me faz desejar voltar,
e restam promessas de...jamais!
antes que me leve a vida,
leve seus restos...
eu simplesmente sonhei!

Luiz wood

Mudo!


Já pensou no que farei com minhas mãos?
como vesti-las sem a sua pele?
elas estão nuas....solitárias!...sem luvas.
E a minha boca? me diz...
sem a tua é como não ter paladar,
é uma canção...que esqueceu a letra!
me falta o doce...sobra o amargo,
Me diga...sem ti, tenho pernas?
a valsa se foi...o caminho se perdeu?
resta o tango...o fado...danças tristes!
Quando não te vejo, olho onde?
um espelho opaco, só eu vejo,
estou cego de ti!...como ver agora?
Me diz menina....como gritar?
junto com você, perdi a palavra mais linda,
o seu nome...
o que me resta a dizer?
estou mudo...morto quase...

Luiz wood

domingo, 15 de novembro de 2009

minha Poesia


ah! minha Poesia,
minha companheira mais amada,
amante tonta e minha,
és a minha vida,
a mulher mais desejada!

ah! minha Poesia,
meu sentido mais atento de vida,
meu tato e paladar,
caminho e caminhar,
o abraço desejado!

ah! minha Poesia,
apenas você me compreende,
me pede papel e tinta,
passos em minha alma, tal bailarina,
meu amor todo e vida!

ah! minha Poesia,
sou poeta por amante,
e apenas por você,
sofro e vivo, mesmo sem rima,
minha menina, minha Poesia!

ah! minha Poesia,
só em ti sou poeta,
mais que mulher, és toda Poesia,
em ti me faz querer,
a própria vida, minha Poesia!


Luiz wood

Você não pode dizer...


Ninguém pode dizer que eu não tentei...
ninguém vai dizer que eu não tentei!
Eu fiz tudo e algo mais,
eu subi e também mergulhei...
eu voei até!
Eu quis saber as coisas de você,
eu subi a sua montanha,
eu tentei!
Ninguém vai dizer!
Você não pode dizer que eu desisti,
você desistiu, fugiu...
É...é preciso coragem para amar alguém,
E ninguém vai dizer...
você não vai dizer...
que eu fui covarde,
que eu não tentei.
Eu tentei!

Luiz wood

sábado, 14 de novembro de 2009

esqueça!!


Lembra do amor?

doce...escorrendo...

lembra?


Lembra do amor?

quente...suado...

lembra?


Lembra do amor?

fogo...quase chuva...

lembra?


Lembra do amor?

todo boca...pele...

lembra?


Lembra do amor?

estrada...caminho longo

lembra?


Lembra do amor?

aceno...gesto indo...

lembra?


Lembra do amor?

sozinho...você voando...

lembra?


Lembra do amor?

...agora é dor!

esqueça!








Luiz wood

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

pedra bruta!


vai, diamante, vai!
pedra bruta, olhos azuis,
boca úmida e lapidada!
vai, diamante, vai!
mãos asperas,
te cavo e busco,
tão profunda estás!
vai, diamante, vai!

Luiz wood

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

era vento....


era vento...e sussurros,
o outono já se fazia folhas,
o vento frio as levantava do chão,
incrível...parecem seus cabelos!
era vento...e sussurros,
meu peito era inverno,
o gelo calava minha boca,
incrível...parece seu adeus!

Luiz wood

terça-feira, 10 de novembro de 2009

não...talvez sim!


não, eu não sei

não, eu não tenho

não, eu não conheço

não, eu não fui

não, eu não voltarei

não, eu não cansei

não, eu não sonhei

não, eu não apenas

não, eu não tudo

não, eu não chuva

não, eu não sol

não, eu não rua

não, eu não vazio

não, eu não sei

...só que te amo!


Luiz wood

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ninguém sabe!


....caminhando sozinho,
ninguém sabe,
você nem imagina,
caminhando sozinho,
apenas olho,
sua sombra ...a minha!
....caminhando sozinho,
nem a sombra sabe,
ela está só,
como eu ando, só,
e o meu olhar!
....caminhando sozinho,
simples assim,
caminhando...
eu e minha sombra,
sozinhos,
olhar de cego!

Luiz wood

terça-feira, 3 de novembro de 2009

....quem eu amo!


Quem eu amo,
partiu...
Quem eu amo,
saiu de mim...
Quem eu amo,
pisou leve...
Quem eu amo,
foi calma...
Quem eu amo,
sem aceno...
Quem eu amo,
foi sorrindo...
Quem eu amo,
cansou...
Quem eu amo,
não esperou...
Quem eu amo,
se foi...
Quem eu amo,
sem mais nem menos...
Quem eu amo,
sem calma...
Quem eu amo,
sem alma...
Quem eu amo,
nem soube...
Quem eu amo,
é você...
agora você sabe,
quem eu amo...
é você!

Luiz wood

domingo, 1 de novembro de 2009

...frio!


apenas uma palavra...
frio!
uma voz tão longe, cada vez mais longe...
e o que não foi dito,
o que foi dito,
e adivinhado em entrelinhas,
enfim, a palavra é a mesma...
frio!
eu quis não mais ouvir essa palavra,
rasguei mapas,
procurei no teu olhar,
te ouvi calar,
acordei seu pesadelo,
e agora, a palavra novamente...
frio!
novamente frio aqui!
frio de sombras e silêncio...
frio!

Luiz wood