domingo, 16 de agosto de 2009

....a estrada do sol....


Me diga onde esta estrada vai dar,
em qual nascente morrerá?!
Há um sol no final,
há crianças à brincar,
o sol e estrada!
Me diga onde vamos,
por onde vamos caminhar?!
Há um sol e crianças à brincar,
o sol e estrada!
Me diz por que não posso ser,
a estrada, as crianças ou o sol?!
Me diz....


(Luiz wood)

sábado, 15 de agosto de 2009

....um presente


Um presente......
uma rosa, a lua, a estrada,
um anel, um sonho, a rua,
sonho de valsa, mentex, um colar,
um par de tênis, camiseta, patins,
um gato persa, um vira-lata, um olhar,
um missal, um terço, um quarto inteiro,
isqueiro, espelho, baton vermelho,
vestido, colar, um livro lido,
uma musica, cinema, delírio,
chop, vinho, saliva,
ouro, prata e lata.
Um presente....
um poeta embrulhado em poesia!

(Luiz wood)

...teus lábios, dois caminhos, um me perde....


Teus lábios, dois caminhos,
um me perde, outro perdição,
um bacana, outro me engana,
duas vias e contra-mão,
me beija e me ilude,
um cinema, outro espelho,
vinho barato e cinzeiro,
dança e borboleta,
um rói unhas, outro bolero,
labirintos e instintos sacanas,
domingo inerte e semana inútil,
teus lábios e tua boca,
dois caminhos...
um, me perde!

(Luiz wood)

Dia perfeito!


Ela era Blues e nuvem!
e me falou de seus cosméticos e de estradas,
tinha fome de caminhos num dia perfeito,
lia jornais, só quadrinhos e horóscopo,
(um negro ao piano e outro ao banjo)
bar escuro, voz sensual e cheiro de vodka barata,
era um dia,
me disse: você é um amor!
eu não tive nada à dizer, mudo!
esquinas quentes, hidrantes abertos,
e crianças negras se banhando,
Harlem e Japão,
e dia perfeito....perfeito e Blues.
um piano de Jazz e paz....
me contou o que sentia,
me falou dos seus amores e foi...
e eu, realmente,
estou me guardando pra quando o carnaval chegar!


(Luiz wood)

sábado, 1 de agosto de 2009

palavras e gestos


Deixe que eu te toque,
dos teus pés até suas mãos,
dos teus pés até seus cabelos longos,
deixe apenas toca-la!
Venha,
são caminhos nossos,
silenciosos mas nossos,
estou tão calado, mas espero que você ouça meu silêncio e alma!
Houve um tempo que palavras eram inúteis,
apenas os gestos importavam,
agora precisamos de palavras,
e elas estão mudas.
Estão cegos os gestos,
mudas as nossas palavras,
mas nossos gestos e palavras,
tão nossos!
Venha, deixe apenas que a toque,
somos vampiros de bocas desdentadas,
e gestos cegos,
e palavras mudas!
Não importa,
mesmo assim são gestos e palavras!

(Luiz wood)